Prevenção e controle de sinistro: aprenda a fazer um gerenciamento de riscos eficiente com tecnologia

Equipe TOTVS | 01 junho, 2023

A prevenção e controle de sinistros é parte indispensável de uma operação de transporte e planejamento logístico de um negócio.

Gerenciar os riscos deve estar entre as prioridades dos gestores, mas você sabe como isso pode ser feito com mais eficiência?

São vários fatores envolvidos, muitos deles imprevisíveis, porém gerenciáveis, mediante o uso dos recursos adequados para a operação.

Vem com a gente acompanhar todos os detalhes para prevenção e controle de sinistro, e ainda conhecer a tecnologia ideal para otimizar essa gestão. Boa leitura.

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Afinal, o que é sinistro?

Sinistro é um termo usado pelas seguradoras para se referir aos riscos a que um bem está exposto.

No caso da logística e transporte de cargas, se refere a tudo que envolve prejuízos ao transporte, desde acidentes até extravio das mercadorias.

Geralmente, antes de fazer a contratação de um seguro, é feita uma avaliação por parte da seguradora que vai listar todos os possíveis sinistros a que sua atuação está sujeita.

Como são muitos fatores envolvidos, vamos mencionar os principais que acometem as cargas nas rodovias brasileiras.

O roubo de veículos aparece no topo das estatísticas de sinistros, segundo o Boletim Econômico Tracker da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).

A pesquisa mostrou que houve 29 mil ocorrências de roubos e furtos de veículos no ano de 2022, o que representa um aumento de 23% comparado ao ano anterior.

Dentro desse número, temos muitos veículos de transporte envolvidos, o que faz deste um sinistro relevante e que deve ser gerenciado pela sua empresa.

Na sequência, vem o roubo de carga como risco aos transportes, que já representam prejuízo de R$1,2 bilhão, segundo dados da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) levantados em 2021.

Esse número impactante mostra o quanto a prevenção e controle de sinistros jamais pode ser negligenciada em um planejamento logístico eficiente.

Por fim, o último exemplo de sinistro a ser considerado na logística são os acidentes, que no Brasil ocorrem com alarmante frequência.

Inúmeros fatores podem ter impacto nos números, como estradas irregulares, excesso de velocidade, imperícia de condutores, entre outros.

Os dados de acidentes são divulgados anualmente tanto por órgãos do governo quanto pelas concessionárias que gerenciam as rodovias.

De acordo com os levantamentos mais recentes, os estados com maior ocorrência de acidentes rodoviários são Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná.

Todas essas estatísticas são analisadas pelas seguradoras na hora de definir os valores do seguro. Portanto, devem estar nos dados do seu planejamento logístico.

Essa gestão data driven é imprescindível para um gerenciamento de riscos de excelência.

Quais devem ser os procedimentos em caso de sinistro?

Cada sinistro vai demandar uma abordagem distinta, porém, é preciso implementar protocolos de ação para eventuais casos desses.

Acidentes que envolvem terceiros, por exemplo, vão demandar a abertura de um boletim de ocorrência.

Isso é importante para o acionamento do seguro e também é uma obrigação legal para proteção das partes.

Para furtos e roubos vale a mesma premissa, mas cada seguradora pode apresentar particularidades na hora do acionamento.

Por isso, antes de fechar a contratação de uma apólice certifique-se de como será feita essa assistência no momento de necessidade.

Sem dúvidas, as ações preventivas e de controle são as mais indicadas na hora de lidar com sinistros.

Investir em aprimoramento para todas as etapas da cadeia de suprimentos é fundamental para a execução de um serviço de transporte mais seguro.

O que é a prevenção e controle de sinistro? Qual a importância para as empresas?

A prevenção e controle de sinistros são conceitos complementares mas que podem ser aplicados separadamente.

Pela lógica, quanto maior for a prevenção, menos controles serão necessários, porém, na prática, não dá para negligenciar nenhuma dessas etapas.

Essa é uma área que demanda constante aprimoramento, principalmente porque novas tecnologias vão surgindo para melhorar ainda mais o gerenciamento.

Os sistemas de detecção de fadiga, por exemplo, têm sido uma grande ferramenta para evitar acidentes causados pelo cansaço extremo dos condutores.

Importante ressaltar que mesmo com todo o controle e prevenção, não abdique dos seguros da carga, pois muitos imprevistos escapam até do controle mais restrito.

Outro ponto é que as próprias seguradoras podem oferecer ótimos insights sobre o gerenciamento de riscos nos transportes.

É importante também separar os riscos que são inerentes à frota e aqueles que são relacionados a carga.

Eles podem acontecer em conjunto mas são diferentes na abordagem e planejamento.

Por exemplo, um tombamento de carga é prejudicial para mercadoria mas nem sempre representa danos relevantes ao veículo.

Essa distinção é levada em conta pelas seguradoras, portanto deve ser considerada no planejamento.

Compreender cada um dos sinistros que acometem a sua operação é o que fornece os dados necessários para identificar suas causas.

O entendimento disso é o que vai indicar quais decisões irão favorecer a prevenção.

Essa função fica a cargo do gestor de frota, que é quem vai analisar minuciosamente as etapas do trajeto para detectar onde foi a causa.

Muitas vezes as ocorrências de sinistros são oriundas de uma cadeia de acontecimentos que podem começar antes mesmo do embarque.

O controle de sinistros tem justamente essa função: usar informações de ocorrências passadas para impedir que se repitam no futuro.

Nem sempre precisa ser um histórico da sua própria operação, mas também dados do mercado como um todo.

É possível — e melhor — aprender com os erros alheios do que ter que sentir na pele os efeitos de um acidente ou extravio.

O uso de big data aplicado à prevenção e controle de sinistro é vital para ter dados suficientes para análises preditivas assertivas.

Obviamente que a natureza de cada operação de transporte estará exposta a riscos e situações diferentes, mas é importante entender de forma ampla quais ocorrem com maior frequência.

Os prejuízos de não fazer a devida gestão de sinistros

Você já deve imaginar que não fazer a devida gestão de sinistros pode representar prejuízos financeiros em caso de sumiço da carga.

Contudo, algo ainda mais grave é o risco à vida e à integridade humana, tanto do condutor quanto de terceiros.

Para o transporte de cargas perigosas isso é ainda mais prejudicial, já que um acidente representa impactos em maior escala.

Fora que uma gestão de riscos feita de forma indevida pode ser considerada como negligência, e a empresa pode ser autuada na esfera criminal.

Contratar um boa apólice de seguro é uma proteção valiosa para sua operação, mas, mesmo assim, a prevenção ainda deve ser o foco da sua estratégia.

Investir em treinamentos das equipes integrantes da cadeia produtiva, visando a esse objetivo preventivo, é imprescindível.

Todas as etapas contribuem para um transporte mais seguro, e um bom planejador de rotas otimiza esse processo.

Softwares para coleta, análise e gestão de dados também serão vitais para o controle e prevenção dos principais sinistros.

Como fazer a prevenção e controle de sinistro em sua frota?

A prevenção e controle de sinistro precisa seguir algumas etapas para uma implementação mais eficiente.

Todos esses passos podem ser aplicados de pronto na sua operação e ainda poderão ser otimizados com uso de soluções tecnológicas.

Analise os últimos sinistros ocorridos

Ter um registro fiel de todos os sinistros que já ocorreram com sua frota é fundamental para o sucesso desse processo.

Quanto mais detalhes melhor será o planejamento preventivo. Portanto, tenha sempre formulários para apurar ocorrências no seu negócio.

Depois, é importante ter uma forma eficiente de apresentação desses dados para direcionar uma tomada de decisão mais assertiva por parte dos gestores.

Esses dados também são importantes para a criação de políticas preventivas que se adequam à realidade da sua empresa.

Atente-se à cobertura oferecida pelo seguro contratado

A fim de deixar as mensalidades mais em conta, algumas empresas optam pelas coberturas mais básicas, o que pode ser um grande erro estratégico.

Talvez você já tenha ouvido falar sobre a Lei de Murphy, que diz assim:

“Se algo pode dar errado, com certeza dará”.

Foi desenvolvida por um capitão da Força Aérea estadunidense chamado Edward A. Murphy que constatou que se houver a mínima margem para um erro acontecer, inevitavelmente ele ocorrerá.

O exemplo mais ilustrativo do funcionamento dessa lei é quando você sai de casa sem guarda-chuva com o sol estalando, em seguida o tempo fecha e cai um temporal.

Claro que a lei de Murphy é uma extrapolação, porém ela serve para mostrar que proteção nunca é demais.

Quanto aos custos, é importante você conhecer bem a sua operação para identificar os principais sinistros ao qual ela está sujeita.

Procure também seguradoras que ofereçam coberturas mais flexíveis para atender às suas necessidades operacionais em momentos distintos.

Faça o gerenciamento de riscos

Tenha um conjunto de estratégias e procedimentos para mapear e prevenir os eventuais riscos envolvidos na sua operação.

Esses recursos permitem um maior controle e a aplicação de medidas preventivas a fim de mitigar as ocorrências.

Além da prevenção, a gestão de risco envolve também buscar a constante melhoria dos processos.

Na prática, isso ajuda a reduzir o tempo das operações e consequentemente traz mais segurança aos processos logísticos.

Considerando um país de dimensões continentais como o Brasil, essa gestão é fundamental, uma vez que os fatores de risco são incomensuráveis.

Ofereça treinamento aos motoristas

Grande parte da ocorrência de sinistro está atrelada a erros humanos, e como o motorista é um agente importante dessa operação, é preciso que este esteja bem preparado.

Há vários treinamentos que a companhia pode oferecer ao seu time de condutores.

Revisar sempre a legislação de trânsito é importante, bem como trazer táticas de direção defensiva e identificação de situações perigosas.

É fundamental que os motoristas sigam as rotas planejadas, porém, é preciso ter uma certa flexibilidade.

Por exemplo, se durante um trajeto o motorista nota que determinado trecho apresenta sinais de riscos, pode desviar para uma rota mais segura.

Nesse caso, o monitoramento em tempo real faz toda diferença e a comunicação entre condutor e central precisa ser ágil para fazer o recálculo da rota.

Tudo isso demanda muito treino de toda equipe, com destaque para os motoristas que estarão na linha de frente da operação de transporte.

Controle a jornada de trabalho dos condutores

Além de bem treinados, os motoristas precisam estar em condições para uma direção livre de riscos.

Por isso, controlar a jornada desses trabalhadores é importante para a segurança deles e da carga.

Há também a lei de jornada do motorista que regula especificamente a quantidade máxima que um condutor pode passar no volante.

Não se esqueça da manutenção dos veículos

O mau funcionamento de veículos também é uma fonte de sinistros, então mantenha sua frota sempre revisada.

Essa etapa também deve estar devidamente planejada, com manutenções regulares nos itens da sua frota para evitar custos inesperados.

Faça o planejamento das rotas

O já citado planejamento de rotas é parte essencial da gestão de riscos. 

Encontrar as melhores rotas encurta o tempo de tráfego.

Menos tempo exposto, consequentemente representa menor risco de ser acometido por sinistros.

O uso de um planejador de rotas eficiente se faz necessário, pois esse processo é constantemente aprimorado.

Não basta traçar os caminhos mais curtos, é preciso considerar o trânsito na via, riscos de desabamento, pedágios e outras eventualidades.

Soluções como Waze e Google Maps podem ajudar nesse processo, porém a recomendação é investir em ferramentas mais completas para ter excelência em segurança.

Invista no rastreamento de cargas

O rastreamento de carga é cada vez mais uma necessidade quanto a prevenção de sinistro.

Associado ao monitoramento do condutor com um sistema de detecção de fadiga e um ADAS (Advanced Driver Assistance) você tem sensores para se prevenir de vários tipos de acidentes.

Conte com a tecnologia

Citamos algumas tecnologias relacionadas ao monitoramento, mas para ter a máxima proteção contra sinistros, há muitos dispositivos que podem ser aplicados a sua frota.

Itens como bloqueador veicular, câmeras e softwares para gestão de frota e tráfego compõem uma rede de maior prevenção e controle de sinistros.

TOTVS Roteirização e Entregas

A maior empresa de tecnologia do Brasil tem a solução mais completa para gestão logística e de frota.

O sistema TOTVS Roteirização e Entrega reúne os recursos necessários para um planejamento de rota mais eficiente e seguro.

Além disso, tem fácil integração com outros softwares da sua empresa para um controle de todas as etapas da cadeia de suprimentos.

Seus caminhões vão rodar por menos tempo e fazer entregas  mais otimizadas.

Conheça tudo que o TOTVS Roteirização e Entregas tem a agregar ao seu planejamento logístico.

Conclusão

Cada vez mais a prevenção e controle de sinistros deixa de ser um diferencial competitivo para se tornar um fator de viabilidade das operações de transporte.

O modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil, portanto os transportes feitos por ele são mais visados e estão sujeitos a inúmeros riscos.

Se proteger é imprescindível e a prevenção é sempre o meio mais rentável de fazer isso.

O planejamento é item determinante para uma gestão eficiente, e as ferramentas para otimizar rotas têm papel decisivo no sucesso e segurança dos transportes logísticos.

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