PaaS: o que é, como funciona, modelos, benefícios e exemplos

Equipe TOTVS | 07 abril, 2022

IaaS, PaaS, SaaS. Quando o assunto é tecnologia, o que não faltam são siglas para designar soluções. Mas nosso papo de hoje é sobre o que é PaaS (Platform as a Service ou plataforma como serviço).

Esse modelo de computação em nuvem revolucionou o desenvolvimento, a execução e o gerenciamento de aplicativos. Você sabe o que a PaaS oferece e como funciona?

Neste post, vamos te contar o que é PaaS, seus principais benefícios e muito mais.

Vem com a gente!

O que é PaaS (Platform as a Service)?

PaaS (plataforma como serviço) é um modelo de cloud computing que permite que as empresas desenvolvam, executem e gerenciem aplicativos em nuvem, sem a necessidade de manter sua própria infraestrutura e servidores.

Por isso, é também conhecido como PaaS cloud.

E como tem sido a forma de cobrança típica de modelos como PaaS e IaaS? 

Os usuários podem pagar pela PaaS (plataforma como serviço) por uso. No entanto, alguns provedores cobram uma taxa mensal fixa para acesso à plataforma e seus aplicativos. 

Como funciona a PaaS?

O provedor de PaaS, como a PaaS AWS (Amazon Web Services), é o responsável por oferecer tudo que a empresa precisa para desenvolver aplicações: servidores, redes, software de sistema operacional, armazenamento, bancos de dados e ferramentas de desenvolvimento. 

Ou seja, grande parte da complexidade relacionada à infraestrutura de aplicativos é de responsabilidade do provedor PaaS. 

Isso inclui monitorar e manter sistemas operacionais, ambientes de tempo de execução e servidores, garantindo o pleno funcionamento e a atualização desses recursos a todo o momento. 

Porém, saiba que a PaaS não substitui toda a infraestrutura de TI de uma empresa para o desenvolvimento de software, ok?

Em geral, as soluções PaaS apresentam três partes principais:

  • Software para desenvolver, implementar e gerenciar aplicativos;
  • Infraestrutura em nuvem, o que inclui software de sistema operacional, máquinas virtuais (VMs), rede, armazenamento e firewalls;
  • Interface de usuário gráfico (GUI), em que as equipes de DevOps ou desenvolvimento trabalham ao longo do ciclo de vida completo do aplicativo.

Quanto ao trabalho dos desenvolvedores, como funciona a PaaS? Ela entrega as ferramentas de desenvolvimento padrão por meio da GUI. 

Por ser baseada em nuvem, os profissionais podem fazer o login de qualquer lugar para colaborar em projetos, lançar produtos concluídos ou testar novos aplicativos. É um dos benefícios da PaaS (plataforma como serviço), sobre os quais falaremos adiante.

PaaS vs. Serverless

Será que a PaaS é a melhor solução para seu negócio? Essa pergunta é muito pertinente, porque existe uma dúvida comum quando falamos de arquitetura de back-end invisível para desenvolvedores: PaaS vs Serverless (computação sem servidor).

A semelhança de PaaS vs Serverless é relevante: os desenvolvedores só precisam escrever o código da aplicação em qualquer caso. Mas há diferenças quanto a escalabilidade, tempo de inicialização dos aplicativos, preços e ferramentas.

A PaaS apresenta:

  • Dimensionamento mais manual;
  • Mais controle sobre o ambiente de desenvolvimento;
  • Menos agilidade na inicialização (ainda que os aplicativos possam ser instalados e executados rapidamente).

O ambiente sem servidor apresenta:

  • Dimensionamento mais automatizado e automático;
  • Não possibilita tanto controle sobre o ambiente de desenvolvimento;
  • Maior agilidade na inicialização (os aplicativos ficam ativos quase instantaneamente).

Como surgiu a PaaS (plataforma como serviço)?

IaaS, PaaS e SaaS surgiram devido ao advento da computação em nuvem. Por isso, quando falamos sobre o que é PaaS, logo associamos à PaaS cloud.

Se sua empresa já existe há algumas décadas, sabe que, antigamente, a equipe de TI mantinha diversos produtos licenciados individualmente.

Isso significava lidar com vários fornecedores, cada qual com abordagens diferentes de licenciamento, configuração e integração. Ou seja, o processo era muito mais complexo. Mesmo que os provedores tentassem simplificá-lo com a criação de grupos pré-integrados de pacotes, havia a barreira da padronização.

Na prática, uma empresa que não era padronizada em uma plataforma de único fornecedor continuou lidando com a complexidade. 

A computação em nuvem possibilitou o surgimento das plataformas de desenvolvimento de aplicativos. Elas se tornaram ótimas candidatas para simplificar essa complexidade. 

Foi exatamente isso que os provedores perceberam em meados dos anos 2000. Eles passaram a oferecer um conjunto integrado de serviços em nuvem de middleware por meio de APIs padronizadas. A PaaS (platform as a service) nasceu. 

“Mas o que é middleware?”. Em definição da Microsoft, “é o software que se encontra entre o sistema operacional e os aplicativos nele executados” e “permite a comunicação e o gerenciamento de dados para aplicativos distribuídos”.

Naquele momento, porém, a PaaS cloud era adequada apenas para ambientes de desenvolvimento de baixo risco e baixo requisito. Só com o tempo é que evoluímos para soluções modernas com recursos robustos de middleware corporativo.

Quais são os modelos de PaaS?

Até então, você entendeu o que é PaaS, como ela funciona e quando surgiu. Mencionamos também como tem sido a forma de cobrança típica de PaaS e IaaS. 

Agora é hora de nos aprofundarmos no tema para entender os modelos de PaaS (platform as a service).

PaaS pública 

A PaaS pública permite que o usuário controle a implantação de software enquanto o provedor de nuvem gerencia a entrega de todos os outros componentes principais de TI necessários à hospedagem de aplicativos.

Para este modelo, como funciona a PaaS? Os fornecedores públicos oferecem middleware, o que permite aos desenvolvedores configurar e controlar servidores e bancos de dados sem precisar configurar a infraestrutura. 

Este modelo é mais adequado para uso na nuvem pública. Até por isso, as grandes empresas não costumam adotar esse modelo de PaaS. 

PaaS privada 

A PaaS privada pode ser hospedada no data center local da empresa ou em uma nuvem pública.

Ela proporciona a agilidade da PaaS pública, mas mantém a segurança de dados, a conformidade, os benefícios e os custos potencialmente menores do data center privado. 

Quem opta por esse modelo de plataforma como serviço busca atender melhor aos desenvolvedores, melhorar o uso de recursos internos e reduzir uma eventual expansão da nuvem. 

A PaaS privada apresenta algumas características e especificidades interessantes, tais como ter capacidade de desenvolver aplicações em nuvem que não poderiam existir na nuvem pública por razões de segurança. 

PaaS híbrida 

É a PaaS (plataforma como serviço) que combina a PaaS pública e privada. 

Ela proporciona às empresas as vantagens da PaaS pública, como a flexibilidade da capacidade infinita, e da PaaS privada, como a eficiência de custos e o controle sobre a infraestrutura interna. 

A PaaS híbrida utiliza uma nuvem híbrida.

Quais são os principais benefícios da PaaS?

Existem muitos benefícios quando falamos de cloud computing, IaaS, PaaS e SaaS. No entanto, podemos fazer um recorte para o ambiente de desenvolvimento de aplicações para destacar suas vantagens.

Veja a seguir os principais benefícios da PaaS:

Redução de custos

Já pensou em reduzir ou eliminar custos de licenciamento de software ou reduzir custos gerais de gestão de aplicativos, como correções, atualizações e outras tarefas administrativas?

Isso é possível com a PaaS (platform as a service)!

Maior flexibilidade nos acessos

A PaaS (plataforma como serviço) oferece um ambiente compartilhado de desenvolvimento de aplicações em nuvem. Por isso, as equipes de DevOps podem acessar as ferramentas de qualquer local com conexão à internet.

Além disso, apresenta desenvolvimento simplificado para diversas plataformas, incluindo dispositivos móveis. 

Liberdade para testar novos sistemas operacionais

Que tal experimentar e testar novos sistemas operacionais, linguagens e outras ferramentas com bom custo-benefício? 

Com a PaaS, você não precisa ter a infraestrutura necessária para executá-los ou fazer investimentos substanciais para aproveitar esses recursos.

Maior diversidade de recursos disponíveis

Middleware, sistemas operacionais, bancos de dados, ferramentas de desenvolvimento. As plataformas PaaS oferecem acesso a uma grande diversidade de recursos! 

Eles não estariam presentes na maioria das organizações de forma individualizada, pois seria uma contratação pouco prática ou financeiramente inacessível.

Maior escalabilidade

A aquisição de capacidade adicional de computação, rede e armazenamento é algo fácil quando falamos de PaaS cloud. Você ainda poderá usá-la imediatamente e sempre que precisar.

Redução de erros

A PaaS traz uma arquitetura de back-end invisível para desenvolvedores. Isso significa que os profissionais precisam somente escrever o código da aplicação em qualquer caso. Isso reduz a possibilidade de erros.

De igual maneira, o fato de a empresa não precisar manter sua própria infraestrutura e seus servidores evita erros de implementação e configuração.

Menor prazo de lançamento

Para desenvolver e manter uma plataforma de desenvolvimento de aplicações, você precisaria comprar e instalar o hardware e o software, certo? 

Com a PaaS cloud, nada disso é necessário, pois a responsabilidade pelo fornecimento é do provedor do serviço. 

Então, as equipes de desenvolvimento podem trabalhar o quanto antes, o que diminui o prazo de lançamento dos aplicativos.

Diminuição do tempo para codificar novos aplicativos

Seguindo a mesma ideia anterior, as ferramentas de desenvolvimento PaaS reduzem o tempo de codificação de novos aplicativos. 

Isso porque existem componentes de aplicativos pré-codificados inseridos na plataforma, como serviços de diretório, fluxo de trabalho, pesquisa, recursos de segurança etc.

Flexibilidade e agilidade para acompanhar as mudanças do mercado

A responsabilidade pela PaaS é do fornecedor. Isso significa que ele deverá ficar atento às atualizações e novidades do mercado, disponibilizando-as para seus clientes.

Sua empresa estará sempre em dia com as mudanças do mercado.

Exemplos de PaaS

Você provavelmente já ouviu falar em PaaS AWS, certo? Esse é um exemplo de plataforma como serviço. Todo provedor líder de serviços de cloud, como é o caso da Amazon Web Services, tem sua própria oferta de plataforma como serviço.

PaaS Google é outro exemplo de PaaS, assim como PaaS IBM – e por aí vai. 

Existem também soluções populares, disponíveis como projetos em software livre. É o caso de Apache Stratos e Cloud Foundry. Há, ainda, PaaS de fornecedores de software, como o Salesforce Heroku.

Outro exemplo da PaaS é o TOTVS Fluig Plataforma. Trata-se de uma plataforma que apresenta uma série de recursos que podem ser integrados ao seu sistemas atual, como BPM, ECM, WCM, ESB e muito mais.

IaaS, PaaS e SaaS: quais as diferenças?

Começamos nosso texto falando de siglas comuns no universo da tecnologia. Você já aprendeu o que é PaaS, mas e as demais siglas?

Quando falamos em cloud computing, IaaS, PaaS e SaaS são categorias principais de serviços para entrega de aplicativos. Cada uma oferece diferentes graus de controle e simplificação.

  • Infraestrutura como serviço (IaaS): permite o gerenciamento pelos clientes dos seus servidores virtuais, incluindo a responsabilidade pelo sistema operacional, ambiente de tempo de execução do aplicativo e middleware. 
  • Software como serviço (SaaS): software de aplicativo que você usa pela nuvem, como se ele estivesse instalado em seu computador. Ou seja, a empresa o utiliza sem gastar com configuração da infraestrutura para executá-lo ou pessoal para mantê-lo.

Como vimos, a PaaS está entre as duas categorias. Os desenvolvedores escrevem seu próprio código em uma plataforma totalmente gerenciada.

Qualquer oferta de PaaS e SaaS inclui obrigatoriamente os recursos de IaaS necessários para sua hospedagem. Porém, o SaaS precisa também dos componentes PaaS necessários à sua execução. 

Podemos pensar em uma comparação entre os tipos de serviços de nuvem IaaS, PaaS e SaaS considerando a quantia de gerenciamento a cargo do cliente ou do provedor de serviço. Seria basicamente assim:

  • Infraestrutura tradicional de TI: é responsável por tudo. Isso significa aplicações, dados, tempo de execução, middleware, servidores, armazenamento etc.
  • IaaS: o cliente gerencia aplicações, dados, tempo de execução e middleware.
  • PaaS: o cliente gerencia aplicações e dados.
  • SaaS: o provedor gerencia tudo.

Compreendeu as diferenças entre os tipos de serviços de nuvem IaaS, PaaS e SaaS? Vamos então ao aprendizado sobre as indicações de uso da PaaS.

Em quais casos o uso da PaaS é indicado?

Em geral, a plataforma como serviço é indicada para fornecer aplicativos altamente modernos e personalizados que impulsionam o engajamento do cliente e a inovação empresarial.

Isso porque, ao oferecer uma plataforma pronta para uso e integrada, com o gerenciamento da infraestrutura a cargo do provedor de cloud, a empresa se concentra em desenvolver, implementar e gerenciar aplicativos. 

Veja em quais situações o uso desta tecnologia pode facilitar ou promover as iniciativas de TI:

  • Estratégia de cloud híbrida;
  • Desenvolvimento ágil e DevOps;
  • Desenvolvimento e gerenciamento de API;
  • Simplificação da migração para a cloud e desenvolvimento nativo em cloud;
  • iPaaS (plataforma de integração como um serviço), que é uma solução em nuvem de integração de aplicativos;
  • AIPaaS (PaaS for Artificial Intelligence), que é o desenvolvimento de aplicativos de inteligência artificial (IA);
  • mPaaS (mobile platform as a service), que é um PaaS para simplificar o desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis;
  • cPaaS (communications platform as a service), que é um PaaS que permite a inclusão facilitada de recursos de voz, vídeo e mensagens aos aplicativos;
  • Internet das Coisas (IoT), pois oferece suporte a ferramentas, linguagens de programação e ambientes usados para desenvolver aplicativos IoT e para o processamento em tempo real de dados gerados por dispositivos IoT.

Quais são as principais dificuldades para implantar a PaaS nas organizações?

Os gestores empresariais podem ter dificuldades na hora de implantar a PaaS nas organizações devido a algumas desvantagens do serviço.

A principal delas diz respeito ao menor controle sobre a infraestrutura de implementação do site, software ou aplicativo. Vale lembrar, novamente, que os recursos ficarão a cargo do provedor. No entanto, isso é visto como vantagem por alguns profissionais.

Além disso, é comum vermos gestores apontando dificuldades técnicas na hora de migrar de um fornecedor para outro. É o chamado “vendor lock-in” ou trava de fornecedor. Isso pode ser avaliado na hora de escolher um provedor.

Outro ponto de dificuldade é a performance em escala. E se você for lançar um aplicativo para um público grande? Certamente, você não conseguirá a mesma performance da aplicação, se comparada ao servidor dedicado, por exemplo.

Considerando as dificuldades de ordem técnica, podemos dizer que a PaaS facilita a implementação, pois o provedor cuida da parte mais complexa. 

Já quanto às dificuldades de ordem organizacional, é sempre importante destacar a resistência a soluções tecnológicas modernas em empresas muito tradicionais. 

Como escolher um provedor de PaaS? Confira algumas dicas

Mesmo pensando nas potenciais dificuldades, você resolveu que a PaaS pode agregar muito valor ao seu negócio. E agora? Como escolher um provedor?

Separamos algumas dicas:

  • Entenda a sua necessidade: é preciso investigar exatamente como a solução pode atuar para solucionar seus problemas. 
  • Faça comparações: existem muitos provedores e ofertas de PaaS. Considerando suas necessidades, compare os recursos, a funcionalidade, o desempenho e o preço de cada serviço. 
  • Conheça o provedor: seu provedor será um parceiro de negócios. Por isso, converse com ele para entender o suporte oferecido e, claro, preze pela reputação.
  • Entenda as letras miúdas do contrato: conheça cada ponto do contrato que pode interferir em sua satisfação com a PaaS. Estude também o SLA.

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O TOTVS Fluig Plataforma é uma solução da TOTVS para simplificar processos e automatizar tarefas, reduzindo a burocracia em seu negócio.

Além de apresentar integração com diversos ERPs, é compatível com Javascript e HTML, o que permite uma personalização simples e rápida.

E o que isso tem a ver com PaaS? Se você precisa criar aplicações de maneira fácil e personalizada, atualizando-as sempre que necessário, isso também é possível com o TOTVS Fluig Plataforma.

A interface é intuitiva, não exige programação, apresenta integração simplificada entre os recursos e total segurança das informações!

Totalmente na nuvem, a solução possui ainda funcionalidades de acesso, gestão de processos, criação de portais, gestão eletrônica de documentos, comunicação, colaboração e analytics.

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Conclusão

Conhecer o que é PaaS é fundamental para qualquer gestor. Essa solução de desenvolvimento , execução e gerenciamento de aplicativos em nuvem traz muita flexibilidade e agilidade para a empresa, além de outros benefícios.

Seja em modelo público, privado ou híbrido, existem várias indicações de uso para as plataformas como serviço. 

Porém, fique atento! Antes de contratar, você deve analisar qual o seu objetivo e escolher um provedor que se torne um ótimo parceiro de negócios.

Continue acompanhando o blog da TOTVS! Que tal se aprofundar na tecnologia da computação em nuvem?

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