Os diferentes tipos de APIs (Application Programming Interfaces) são peças fundamentais na transformação digital das empresas, possibilitando a integração entre diferentes sistemas e facilitando a comunicação entre aplicações.
Com o avanço da tecnologia, essa adoção se tornou estratégica para negócios que buscam eficiência, inovação e escalabilidade.
Neste artigo, vamos explorar os principais tipos de APIs, de acordo com protocolos, políticas de uso e formatos de uso. Depois, vamos entender o papel delas na gestão de contratos eletrônicos. Boa leitura!
Afinal, o que é API?
API, ou Application Programming Interface, é um conjunto de definições e protocolos que permite a integração entre diferentes softwares, facilitando a comunicação entre eles.
Em termos simples, uma API é como uma ponte que conecta diferentes sistemas, possibilitando que eles “conversem” entre si, troquem dados e realizem operações em conjunto.
Imagine, por exemplo, um aplicativo de viagens que precise buscar informações sobre voos em tempo real.
Em vez de construir toda a infraestrutura necessária para acessar diretamente os sistemas de companhias aéreas, o aplicativo pode usar uma que já está disponível.
Essa API fornecerá os dados necessários, como horários de voos, preços e disponibilidade — tudo isso de forma segura e padronizada.
Vale dizer que os diferentes tipos podem ser fundamentais em diversos contextos: integração de plataformas de e-commerce com sistemas de pagamento, na conexão de dispositivos IoT com aplicações na nuvem, ou na automação de processos internos em empresas.
Os principais tipos de protocolos de API
Para escolher a API para uma empresa, é preciso primeiro entender os diferentes tipos de protocolos que elas podem utilizar.
A seguir, exploramos os principais!
1. RESTful
APIs RESTful (Representational State Transfer) são um dos tipos de API amplamente utilizados devido à sua simplicidade e flexibilidade.
Baseadas em protocolos HTTP, elas permitem que sistemas interajam usando métodos padrão como GET, POST, PUT e DELETE.
Uma das grandes vantagens é a sua escalabilidade e a capacidade de trabalhar com diferentes formatos de dados, como JSON e XML.
2. Web
APIs Web, ou Web Services, são projetadas para suportar a interação entre diferentes sistemas na web. Elas utilizam protocolos como HTTP ou HTTPS para permitir que os sistemas compartilhem dados ou funcionalidades.
Uma API Web pode ser baseada em diferentes estilos arquiteturais, incluindo RESTful ou SOAP, e é frequentemente utilizada em aplicações que requerem uma interação direta com o usuário final por meio de navegadores web.
3. SOAP
Os tipos de API SOAP (Simple Object Access Protocol) são protocolos que seguem um padrão rígido de comunicação, utilizando XML para enviar e receber mensagens.
Ao contrário das APIs RESTful, que são mais flexíveis, as SOAP são conhecidas por sua robustez e segurança, sendo amplamente usadas em ambientes empresariais onde a integridade dos dados é crítica.
SOAP é ideal para operações que exigem transações complexas e um alto nível de segurança, como sistemas bancários ou de saúde.
4. Plataforma
APIs de plataforma permitem que desenvolvedores criem aplicações ou serviços que interajam diretamente com uma plataforma específica, como o Google Maps, Facebook ou Twitter.
Essas aplicações fornecem acesso a funcionalidades internas dessas plataformas, permitindo que os desenvolvedores integrem suas próprias aplicações com serviços populares.
Elas também são essenciais para expandir o alcance das aplicações, adicionando valor por meio da integração com ecossistemas estabelecidos.
5. Hardware
Os tipos de APIs de hardware permitem a comunicação direta entre softwares e dispositivos físicos.
Essas APIs são fundamentais em cenários onde a interação com dispositivos específicos é necessária, como em sistemas de automação industrial, IoT (Internet das Coisas) ou dispositivos médicos.
Elas possibilitam que um software controle ou monitore o hardware de forma eficiente, garantindo uma integração perfeita entre os componentes físicos e os sistemas digitais.
Tipos de API considerando as políticas de uso
As APIs podem ser classificadas não apenas pelo tipo de protocolo que utilizam, mas também pelas políticas de uso, que determinam como e por quem elas podem ser acessadas.
Essas políticas têm um papel central na definição de como as APIs são implementadas, quem pode utilizá-las e para quais finalidades.
Vamos entender melhor!
1. Privadas
As APIs privadas, também conhecidas como internas, são um tipo de API cujo uso é restrito aos desenvolvedores ou sistemas dentro da própria organização.
Elas são criadas para integrar sistemas internos, automatizar processos, e melhorar a eficiência operacional sem exposição a usuários externos.
As privadas são altamente seguras, já que todo o tráfego e dados permanecem dentro da infraestrutura da empresa.
Elas são ideais para empresas que precisam conectar diversos sistemas internos, como ERP, CRM, e plataformas de análise de dados, garantindo que as operações sejam realizadas de forma integrada e segura.
2. Públicas
APIs públicas são aquelas disponibilizadas para qualquer desenvolvedor ou empresa que queira utilizar suas funcionalidades.
Elas são projetadas para serem acessíveis de forma ampla e são frequentemente usadas para promover a inovação, permitindo que terceiros criem aplicações ou serviços complementares.
As públicas são comuns em plataformas como Google Maps, Twitter, e outras grandes empresas que desejam expandir seu ecossistema de serviços.
Elas oferecem uma maneira de as empresas aumentarem sua presença no mercado, o que gera novas oportunidades de negócios e permite a criação de novos produtos por meio da integração com seus serviços.
3. Parceiros
Os tipos de APIs de parceiros são projetadas para serem usadas por parceiros estratégicos de uma empresa. Ao contrário das públicas, seu acesso é restrito a um grupo selecionado de parceiros comerciais ou técnicos, com quem a empresa colabora de forma mais próxima.
Elas são geralmente usadas para facilitar a integração entre sistemas de parceiros, melhorar a colaboração e criar valor compartilhado entre as empresas.
Um exemplo típico de API de parceiro seria uma empresa de pagamento que oferece uma aplicação exclusiva para seus maiores clientes, permitindo a integração direta com seus sistemas de pagamento e faturamento.
4. Compostas
As compostas combinam várias chamadas a APIs diferentes em uma única chamada, oferecendo uma maneira simplificada de acessar múltiplas funcionalidades ou dados.
Elas são especialmente úteis em cenários onde é necessário consolidar informações de várias fontes ou executar múltiplas operações em sequência.
As compostas são frequentemente usadas em ambientes complexos onde a eficiência e a velocidade de processamento são críticas, como em aplicativos de monitoramento em tempo real ou sistemas que precisam agregar dados de várias APIs diferentes para apresentar uma visão integrada ao usuário.
Tipos de API classificadas por uso
Os tipos de APIs podem ser classificadas por outro critério: finalidade para a qual foram criadas.
Esta categorização ajuda a entender melhor o papel específico que cada um desempenha em uma arquitetura de software.
A seguir, exploramos os principais tipos!
1. Remotas
APIs remotas são aquelas que permitem a comunicação entre sistemas que estão localizados em diferentes servidores ou até mesmo em diferentes partes do mundo. Elas utilizam protocolos de rede, como HTTP, para enviar e receber dados entre clientes e servidores.
Elas são fundamentais para a construção de aplicações distribuídas, em que partes diferentes do sistema precisam interagir de maneira eficiente e segura, independentemente de sua localização física.
Um exemplo comum é uma aplicação RESTful que conecta um aplicativo front-end a um backend que está hospedado em um servidor remoto.
2. Sistemas operacionais
APIs de sistemas operacionais fornecem uma interface para que os desenvolvedores interajam diretamente com os recursos e serviços oferecidos por um sistema operacional.
Essas aplicações permitem que aplicações utilizem funcionalidades essenciais do sistema, como gerenciamento de memória, acesso a arquivos, e manipulação de processos.
Elas são fundamentais para o desenvolvimento de software que precisa operar diretamente no hardware subjacente ou aproveitar recursos nativos do sistema.
Nesse caso, a API Win32 da Microsoft seria um exemplo, que permite que aplicações Windows interajam com o sistema operacional para realizar operações como gerenciamento de janelas, entrada/saída de dispositivos, entre outras.
3. Dados
Os tipos de APIs de dados são projetadas especificamente para acessar, manipular e integrar dados de diversas fontes. Elas permitem que aplicações recuperem, insiram, atualizem ou excluam dados em um banco de dados, ou outro repositório de informações.
São comuns em sistemas que precisam consumir grandes volumes de dados, realizar análises ou sincronizar informações entre diferentes plataformas.
Também são fundamentais em aplicações de Business Intelligence, onde o acesso eficiente e seguro a dados é essencial para a geração de insights e relatórios.
Um exemplo seria uma API SQL que permite que uma aplicação interaja diretamente com um banco de dados relacional.
O uso de APIs na gestão de contratos eletrônicos
A gestão de contratos eletrônicos se tornou uma prática essencial para empresas que buscam agilidade, segurança e eficiência em seus processos administrativos.
As APIs desempenham um papel fundamental nisso, a partir de três pilares: integração de sistemas, a automatização de fluxos de trabalho e a criação de soluções mais robustas e interconectadas.
Vamos falar sobre alguns desses benefícios agora.
Automatização de processos
Uma das maiores vantagens do uso delas na gestão de contratos eletrônicos é a capacidade de automatizar processos.
Elas permitem que diferentes sistemas se comuniquem e realizem operações sem intervenção manual, como a criação, envio, assinatura e arquivamento de contratos.
Por exemplo, uma aplicação desse formato pode ser utilizada para automatizar o envio de contratos para assinatura digital assim que um acordo é finalizado em um sistema CRM.
Integração com plataformas
APIs são a espinha dorsal da integração entre sistemas de gestão de contratos e plataformas de assinatura eletrônica.
Essas aplicações permitem que as empresas incorporem funcionalidades de assinatura digital diretamente em seus sistemas de gestão, eliminando a necessidade de múltiplos sistemas ou interfaces. Isso significa que um contrato pode ser gerado, assinado e armazenado automaticamente em um único fluxo de trabalho.
Além disso, elas podem fornecer recursos adicionais, como rastreamento de status, notificações automáticas e armazenamento seguro de contratos assinados, tudo dentro do ambiente já familiar ao usuário.
Acesso e mobilidade
As APIs também permitem que as soluções de gestão de contratos eletrônicos sejam acessíveis de qualquer lugar e a qualquer momento.
Com APIs, é possível integrar aplicações móveis que permitem que gestores e partes interessadas revisem, aprovem e assinem contratos diretamente de seus dispositivos móveis.
Essa mobilidade é essencial para ambientes de negócios que exigem decisões rápidas e processos que não podem esperar pelo acesso a um computador de mesa.
Também garantem que o fluxo de trabalho dos contratos não seja interrompido, independentemente de onde os usuários estejam.
TOTVS Assinatura Eletrônica
A solução de Assinatura Eletrônica da TOTVS é projetada para integrar-se perfeitamente com outros sistemas empresariais, utilizando APIs para garantir uma gestão eficiente, segura e em conformidade com as regulamentações dos contratos eletrônicos.
Especificamente falando dessa solução, ela oferece integração nativa com as demais soluções TOTVS e conta com uma RESTful disponível.
A contratação do TOTVS Assinatura Eletrônica é feita por assinatura, com acesso ao sistema por meio de um portal web, onde é possível gerenciar a preparação dos documentos, controlar as assinaturas e disponibilizar os arquivos assinados (manifesto).
Essa solução contribui para a redução de custos com papel, impressão e logística de envio e devolução de documentos, promovendo a sustentabilidade da empresa.
O processo de assinatura é simples, rápido e prático, permitindo acelerar o fluxo dos projetos e reduzir a burocracia na coleta de assinaturas.
Ele pode ser realizado a qualquer momento e em qualquer lugar, inclusive em tablets ou smartphones, por meio do aplicativo Minha Assinatura Eletrônica, disponível nas lojas da Apple e do Google, oferecendo uma experiência otimizada em qualquer dispositivo.
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Conclusão
As APIs são ferramentas poderosas que, quando bem implementadas, podem levar sua empresa à eficiência e inovação.
No entanto, elas não são todas iguais. Na verdade, variam em seus protocolos, políticas de uso e finalidades, permitindo que as empresas escolham as soluções mais adequadas para suas necessidades específicas.
Considerando isso, a relevância das APIs na gestão de contratos eletrônicos é um ponto importante: elas facilitam a automação, garantem segurança e conformidade, e proporcionam acessibilidade e mobilidade no gerenciamento de documentos.
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